A Luz se Fez. Mas num primeiro momento, não foi uma luz suave e acolhedora. Ela veio intensa, reveladora e avassaladora. Rasgou véus, desfez ilusões, iluminou tudo aquilo que não queríamos encarar. A Luz mostrou o quanto da vida era na verdade treva, disfarçada e sustentada por mentirosas ilusões.
Não apenas nos noticiários ou nas conversas de rua, mas dentro de cada um de nós existe uma revolta silenciosa pelo estado atual das coisas. Uma revolta que não quer destruir tudo que nos cerca, mas que nos pede atitudes firmes para poder acontecer uma reconstrução profunda das nossas percepções. Ela nos tira da frieza e do não envolvimento com as absurdas situações que acontecem ao nosso redor. Nos convoca a reagir e a assumir nosso despertar pessoal.
De repente, tudo aquilo que parecia “novo” e “normal” se revela absurdo. A pressa sem sentido, o barulho sobrepujando as melodias, os vícios emocionais e as relações pautadas por interesse ou superficialidade.
Espera aí! Estávamos todos loucos?
Conceitos que antes eram considerados verdades, começam a desmoronar diante de uma visão honesta e objetiva. A Luz, com sua intensidade, dissolve todos os nossos disfarces. E ficamos ali, agora nus sem bolso para pôr as mãos, mas prontos para algo novo que se torna cada vez mais necessário. Idéias dominantes, lugares falsamente idolatrados e pessoas que considerávamos intocáveis se desmanchando diante da Luz. No meio desses escombros surgem novas mentes, novos caminhos, abertos pela novas compreensões e necessidades.
Sigo uma nova etapa, com novos propósitos que passam por profundas marcas no meu coração.
Esse coração que já foi tantas coisas — confiante, aventureiro, machucado. E que agora, está sendo curado e renovado. Pulsando com uma nova Luz, uma nova energia, quem diria, a energia da verdade.
Ela me ajuda a sair do meu atoleiro emocional,
A ver coisas que não via,
A ouvir coisas que antes não percebia,
E saber de realizações e conquistas que antes me eram… impossíveis!